A instalação
"̶A̶L̶L̶T̶A̶R̶E̶S̶:̶ ̶t̶o̶d̶o̶ ̶o̶ ̶j̶o̶i̶o̶ ̶h̶á̶ ̶d̶e̶ ̶s̶e̶ ̶r̶e̶b̶e̶l̶a̶r̶"̶ (2020)
{all- em ingl: todo;
tares - em ital: joio} nasce inconscientemente e alheia ao processo da artista.
A ideia de uma simetria constituinte na disposição dos objetos se apresenta a uma quantidade significativa de tempo no seu cotidiano; porém a captação deste ato enquanto objeto artístico se dá recentemente, pela elucidação e escolha de deslocamento do processo subjetivo particular da mesma, enquanto quebra da estruturação da lógica judaico-cristã internalizada à sua experiência.
A estruturação de um altar se dá através do hackeamento do código estrutural como ressignificação do material simbólico cristão. Para que na presentificação da matéria possa escolher por uma experiência de sujeito não caracterizada pelo aprisionamento passível da cristandade.
Os objetos integram a sua pesquisa sobre a aproximação do estado de inanidade de um objeto ao estado permeador da morte ao que é considerado vivo; neste caso, o humano.
Estabelece uma escuta sensível entre o humano e o objeto, procurando cartografar a transubstanciação dos valores apresentados anteriormente ao encontro destes dois pontos.


Os mesmos possuem a característica de chegarem até a artista de maneiras diversas e inusitadas, muitos são doados ou encontrados na rua.
A disposição no espaço, do levante do alltar, é afirmada pela ação presente do encontro entre artista-lugar, desejando que se materialize a composição – de forma livre – pela substância inconsciente dos episódios sob altares em seu percurso de vida.

A instalação se estabelece por ser uma composição de série, a cada ato criador ela se configura de forma distinta.
Atualmente contêm duas execuções: ̶A̶L̶L̶T̶A̶R̶E̶S̶#̶1̶ – criação feita no espaço temporário realizado pelo coletivo T - na festa DESMANCHE - no dia 07 de Março de 2020 e ̶A̶L̶L̶T̶A̶R̶E̶S̶#̶2̶ – criação feita para a label ZONAexp que compôs o Festival Radiação realizado pela Sangra Muta, compondo a direção de cenário, no material audiovisual produzido juntamente com Baby Cruel (performer), Nicolas Medeiros Collar (videomaker) e Félix (dj). Ambos coletivos compõem a cena eletrônica brasileira, residentes de Porto Alegre/RS.
fotografia:::clara vasques
fotografia:::alga