SORVE (2013, Cor) é construído pela técnica datamoshing, integrada na estética como pensamento propositor de falha, aqui digital. Quebra o fluxo, apresentado no erro e evidenciado na vulnerabilidade de um sistema.


Partindo do preceito que o vídeo é a captação ilusória de movimento do nosso cérebro, exibindo vários quadros fotográficos consecutivos em um curto período de tempo, a construção narrativa é estabelecida pelo processo de apagamento, de livre escolha, de algumas fotografias componentes dos vídeos escolhidos.
O erro digital é elevado em prol da aproximação ao conceito de esquecimento; apreendendo o material do esquecimento constituinte de nosso inconsciente.

O que escolhi esquecer? Qual o produto bruto de meu esquecimento? O que está escondido é o que embaça a minha visão?
A narrativa vai ocorrendo pela sopreposição de camadas: vídeos gravados a partir do olhar infra-ordinário sob o cotidiano, vídeos pesquisados no site Youtube que compõem a pesquisa pessoal da artista acerca da liberdade de conteúdo da internet e vídeos resgatados dos vhs de sua infância, que naturalmente apresentavam falhas sistêmicas de captação de vídeo, erro.

Assim, instaurando um espaço onde os limiares das imagens se desintegram, se desterritorializam, cedendo lugar a imagens outras.
||Filmado|| Sony Cyber-Shot DSC-W570 // 16,1 MP
||Edição|| Movie Maker e Avidemux